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Mostrando postagens de julho, 2020

Lei de Incentivo à Imigração no Paraná - 21 de março de 1855

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Cabia às províncias "promover e estimular em colaboração com o governo central o estabelecimento de colônias", de acordo com o Ato Adicional de 1834. Nessa perspectiva de política imigratória que o Paraná sancionou a Lei n.29, de 21/03/1855, incentivando a entrada de estrangeiros de diferentes nacionalidades que junto trouxeram suas culturas e o domínio de técnicas vantajosas no cultivo de terras, assim como em trabalhos de obras públicas ou construção de estradas. Pouco a pouco essa gente se integrou ao contexto social da recém-criada Província do Paraná, que havia sido desmembrada de São Paulo no ano de 1853. Lei de Incentivo à Imigração no Paraná. Referência: BALHANA, Altiva Pilatti. Imigração e colonização. In: EL-KATIB, Faissal.  org. História do Paraná.  2ed. Curitiba, Grafipar, 1969. p. I, p. 158, p. 52. DEZENOVE DE DEZEMBRO, Curityba, Quarta-feira, 9 de Maio de 1855. Anno II, n.6.

O Contrato "Caetano Pinto" - Decreto n. 5663, de 17 de junho de 1874

No decreto n. 5663, de 17 de junho de 1874, o Governo Imperial Brasileiro autoriza a celebração de um contrato entre José Fernandes da Costa Pereira Junior, na ocasião Ministro e Secretário de Estado dos negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas e Joaquim Caetano Pinto Junior para introdução, no Brasil de 100.000 imigrantes nas seguintes condições: I Joaquim Caetano Pinto Junior se obriga, por si ou por meio de uma companhia ou sociedade que poderá organizar, a introduzir no Brasil (exceto na Província do Rio Grande do Sul), dentro do prazo de 10 anos, 100.000 imigrantes alemães, austríacos, suíços, italianos do norte, bascos, belgas, suecos, dinamarqueses e franceses, agricultores sadios, laboriosos e moralizados, nunca menores de 2 anos, nem maiores de 45, salvo se forem chefes de família. Desses imigrantes, 20% podem exercer outras profissões. II O prazo de 10 anos começará a correr depois de 12 meses, contados da data de elaboração do contrato; o empresári

ARBOIT, variações do sobrenome no Brasil

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O governo imperial através de agentes de imigração, no sentido de abrasileirar os italianos, assim como aos demais emigrantes europeus, promovia alterações nos costumes, na língua e também em nomes ou sobrenomes dos imigrantes, para facilitar a escrita ou comunicação. O efeito sonoro da palavra dita pelos italianos que chegavam e aos ouvidos de escrivães brasileiros gerou muitas variações nos registros de cartórios ou documentos outros. Outro motivo complicador é que a maioria dos imigrantes era iletrada, sem poder conferir o que foi transcrito pelos escreventes brasileiros. Um “vero imbarazzo” ou um “casino” (confusão), como diriam nossos queridos italianos. Com a família Arboit não foi diferente, ao longo desses cento e quarenta e três anos dos Arboit no Brasil, encontramos as seguintes escritas: ARBOITE, ARBOITO, ABOIT, ABOITE, ABOITO, ARBOT, ARCOT, ARBOY, ALBOIT, ALBOITE, ALBOETE, ALBÔSTE, ALBORTO, ALBOITO, ALBOITT, ALBOUT, ARBOUT, ARBOITH, ARBOITHE, ERBOIT. O nome original

Do Reino da Itália ao Reino do Brasil: a luta continua...

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Quem não se sentiria atraído no contexto da Itália dos anos 70 do século XIX? O desenho de um navio veleiro com três mastros e contorno de arabescos nas bordas de um panfleto a se espalhar pela Lombardia e o Veneto veiculando o fornecimento de terras para o imigrante realizar o sonho de ser proprietário rural, além de receber utensílios para o trabalho agrícola, e com saídas semanais ao Brasil, impulsionou a vinda de inúmeros grupos familiares que abandonaram seus locais de origem. Estratégia usada por Joaquim Caetano Pinto Junior para cooptar imigrantes para o Império do Brasil. Entretanto, a propaganda é desprovida de identificação ou orientação, ou seja, está anônima. Qual a credibilidade? O contrato para introduzir cem mil imigrantes em um prazo de dez anos firmado entre o Governo Imperial Brasileiro e Joaquim Caetano Pinto Junior, através do Decreto n.5.663, de 17 de junho de 1874, caiu como "um dia de sol depois de uma noite de chuva" em um contexto de grave crise

Ítalo-Brasileiros: bate no peito uma saudade...

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Morar no Brasil? Interesse italiano: profusão de sentimentos: o conflito permanente e o direito de emigrar, uma pátria para poucos, embate entre o antigo mundo rural e a sociedade capitalista emergente, cultura burguesa x cultura camponesa, a fome e a pobreza crônica; a Terra, o Trabalho, a Liberdade, o Sonho... rumo a uma Itália aterritorial, passos doloridos; é preciso coragem! Interesse brasileiro: a terra ociosa, ameaça de perda, o interesse espanhol, a mão-de-obra especializada, a terra produtiva, e o seu lado deprimente ocorre por conta da política de época: o preconceito populacional de ter grupos socialmente inferiorizados e o desejo-manifesto da elite ao querer "branquear" seu povo. O desafio: a travessia transoceânica, de alto risco, superlotada, perigosa e difícil, um jogo no escuro, naufrágios comuns; sem requisitos higiênico-sanitários, contaminações, mortes, angústias... havia o horizonte! Do governo italiano: sob a pressão do capitalismo, milhões de cam